domingo, 10 de abril de 2011

VI

Escrever sobre

Uma certa confiança vem,
de minha alma ,
para fazer o que bem entendo.
Um novo começo,
uma nova mudança,
sem certezas e nenhuma duvida
de que estou no caminho certo.
Um pouco de frio,
um pouco de receio
mas sabendo que deveria ser assim.
Ter um final bonito como este,
Transformando o que é feio em bonito,
O que é quadrado em redondo,
O que é áspero em liso,
O que é duvidoso e angustiante,
Em liberdade e certezas de um dia melhor.
Sem estresse ou brigas,
Ou tristezas e cobranças,
Sendo eu mesmo,
Como deve ser,
Como será

Sergio Monteiro 10/04/11

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Saudades de Meninas Largadas




As meninas largadas,
Cheirando molhada pele,
Sem perfumes ou gloses,
Sem chapinhas e maquiagem.
Só com brilhantes olhos,
Tudo no nascer do sol em cobertura,
Dormir no colo,
Respiro baixo.
Perfume, úmido moleton,
Olhos verdes enigmáticos,

Eu respiro mais abaixo
Frio, silencio, amanhecia

Anônimo

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Descrição

Se não fosse martírio que já não me bate a porta,
Este sentimento que vem e vai, falta o que fazer ou vontade de não fazer.
Lixo, puro lixo que me sai dos poros cambaleantes estado de vivencia,
descompassada por sussurros irrisórios, decadentes na sua própria natureza,
de olhar do lado e ver nada que queira se aprofundar.
Mas que tormenta

Que estado febril de sentir as coisas

Recortes pré-documentados.
Sim eu escolhi o preto, e mais um se foi entre dedos
Dedos trêmulos por classificação
Nisto há explosões de sentimentos, meus avoados, meus deletérios.
Quase concretos em sua visão de existir.
Quase como sempre.

sábado, 26 de março de 2011

O Autista e sua paixão

O autista e sua paixão
Por Sergio Monteiro

Ele era um idealista no sentido puro da palavra. Ideal este doentio do amor entre um homem e uma mulher. Acreditava que em momentos remotos de outra vida fora dividido de sua perfeição e já nesta tinha reencontrado a metade. Apesar de sua genialidade de outras causas e coisas, era estupidamente apaixonado.

Mistura perigosa

Ele cantarolava em seus momentos de euforia uma musica atemporal que Renato Russo certa vez cantou. Era a ultima musica, do ultimo disco, de Cazuza.
Cazuza amava a musica como nosso amigo amava a Lua, ilusoriamente refletida numa poça. Via a imagem e não entendia que não estava lá.

Cantava assim:

My love,
 There is only you in my life,
 The only thing that’s right

E continuava mas sem a noção de quanto. Como medir o eterno?
Em suas sensações ele prolongava a continuação entre visões, ilusões, obsessões e mais uma vez sem ações de seu amor sem fim.

Estava enganado, doente e a ciência não poderia explicar.

Ele dizia:
_ Ela parecia determinada, eu não compreendia. Ali via a representação mas nunca a verdade. Tenho a imagem mas não o objeto.

Mas algo profundo, retornava a certeza além vida. Mais uma ilusão que o deixava caquético.
Fazia mal para seu corpo.

Neste estado teve inspiração e começou a escrever frases, textos e palavras que a principio eram desconexas e titubeantes.

Dizia o seguinte:

Ela não tinha forças e eu já não tinha certeza. Ela estava feia, e eu imaculado. Ela ficou e eu fui. Ela não envelhecia.

Vendeu quadros e poesias
Era ele mesmo.

29/02/11

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inocente Cortina de ferro

A torneira pingando,
A luz baixa amarelada,
Em certa função de ferro
Eu sentiria sede.

Sede de liberdade,
É o que por fim resistiria em mim.
Para uma cruzada diária
Em busca de entendimento e compreensão,



Eu me sinto feliz de sentir



Compartilhar “tristezas e contentamento”




           Como a  “Inocente Cortina de Ferro” me  instruiu:
             Haja o que houver,  Seja o que for,
 Compartilhe a vida e isto será bem visto












                                                                                  ∞

sábado, 19 de fevereiro de 2011

"Casa da Coruja!"

Borboletas celestiais se entrelaçam no céu
estou ultrapassando os limites da sanidade,
o portão de forte luz branca surge, o convite esta feito
eis a questão, aceitar ou não?

E se a ponte quebrar no meio da travessia e eu morrer antes de chegar la?
será que o portão se manterá aberto para minha volta?
e se algo me acontecer la do outro lado?

Sinto meu coração se entregando a euforia que me toma
ele dispara, sinto calafrios, tantos medos,
são tanta as duvidas!
Eu sempre quis atravessá-lo, e agora que posso não sei se faço.

Bom todas essas duvidas, e devaneios me fizeram perder a oportunidade
o portão se fechou, quem sabe na próxima.
 
 

 
Vivicius Deiró
 
19/02/11

Essêncía - me


Imagine as portas da percepção, todas limpas e abertas
informação chegando com muito mais clareza e consciência
desconstrução dos conceitos de mentira e verdade.
Idealize o estado em que esse nível de percepção poderia nos levar!
Chegar ao Nirvana pelas vias sensoriais,
sentir, ver, ouvir, imagine tudo isso ao extremo
O contato com o espírito que compreendemos sem a razão
O que dentro de nós sentimos mais, criamos maior raízes entre o planeta vivo,
Um único organismo entre vasto e diferente complexividade da matéria
vendo o que é o possível e sentindo o que é sensível,
Sabendo somente o necessário para completar este existência

Sergio Monteiro e Vinicius Deiró